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Sussurros da Minha Alma

Sussurros da Minha Alma

30
Jun22

...

Fatima Ribeiro

Uma
Duas
Três
Tantas
Que já nem sei
Pessoas
Que por mim
Passam
Altos
Baixos
Meninos
Velhinhos
Novos velhos
Velhos novos
Ou na idade certa
Tanto dizem
Até mesmo
Sem falar
Na verdade
No ser
No olhar
Na roupa
Que vestem
Simples
Ou de domingar
De cá para lá
De lá para cá
E o relógio
Tic tac
Sem parar
Pessoas
Que não sei
Quem são
Ou que acho
Conhecer
Que às vezes
Estão em dia não
Só pra contradizer
Outros dias
Dão sorrisos
Nem sei
O que lhes dizer
Umas de olhar doce
Outras azedo
Minha nossa
Que até dá medo
Pessoas
Como eu
Como tu
Diferentes
A tantos outros
Iguais
Que vejo
Que vês
Que são como são
Assim
Se sentem normais
Pessoas
Que goste
Ou não goste
Tenho de respeitar

Fatima Ribeiro
Fotografia Google

FB_IMG_1656627714108.jpg

30
Jun22

...

Fatima Ribeiro

Pela vidraça
Espreito
Vejo que o dia
Já é dia
Oh sol que brilhas
Na natureza
E em mim
Fazes maravilhas
Nesta vida
Tão escaça
Com teu raiar
Me deleito
Recebo de ti
Vitamina
Beijas minha pele
Bronzeias
A minha melanina
Dás á fruta
O doce sabor
E a quem labuta
Força e vigor
Oh sol de verão
Ou de qualquer
Outra estação
Sol que amo
Quando trazes
Por companhia
Uma suave brisa
Que me faz
Sentir calmia

Fatima Ribeiro
Fotografia Google

sol.jpg

24
Jun22

...

Fatima Ribeiro

Inacabado
Sempre algo Fica
Uma obra
Um amor
Até mesmo uma vida
O tempo é escasso
Não sobra
Trás dor
Sofrimento
A máquina para
Antes do tempo
Que se queria
Só depois
Já tarde vemos
O tempo
Tanto tempo
Perdemos
Sem nós mesmos
Por e com quem
Não quer
E não vale a pena
Querermos
E não
Não volta atrás
Depois
De estar perdido
O tempo
Meu amigo
É acabado
Um tempo
Com sabor
A inacabado

Fatima Ribeiro
Fotografia Google

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24
Jun22

...

Fatima Ribeiro

Acendo as velas
Apago a luz
Quero serenar
Aqui sem ninguém
Sózinha ficar
Distante
Bem longe
Das pessoas
De todas elas
Ouvindo
A chuva cair
Som que me seduz
Plim, plim, plim
Cada gota
Uma dor
De mim lava
Sinto que fica leve
Como pluma
A minha alma
Às vezes
Por vezes
Já não sei
Quem sou
Mas que importa?
Eu sou eu
E pronto
Sigo sendo
Quem sei ser
Um dia
Choro de dor
Outro
Sorrio com amor
Como tu
E toda a gente
Sim
Sei que não sou
Diferente
Nem indiferente
Mas hoje chove
Chove muito
E peço
Vida minha
Deixas que eu
Fique assim
Só com a chuvinha?

Fatima Ribeiro
Fotografia Google

IMG_20220624_121617.jpg

21
Jun22

...

Fatima Ribeiro

Meu porto de abrigo
Teu olhar
Que me dá abraço
Que me tira
Da só
Solidão
Que a dor leva
Faz ancorar
Passa
Faz passar
Que mesmo longe
Me faz sentir
Do mar
O enredo
Do suave ondear
Sem medo
De me afogar
E olha
Nem sei nadar
Olhar
Que no sonho
Me faz levitar
Meu porto de abrigo
Mais uma
Só mais uma vez
Olha para mim
Não crês?
Quero que queiras
Quero que fiques assim

Fatima Ribeiro
Fotografia Google

IMG_20220621_170855.jpg

21
Jun22

...

Fatima Ribeiro

 

Se eu pudesse
Tanta coisa fazia
Se eu escolhesse
Oh Deus que faria
O que não gosto
Do mundo bania
Sim
Aniquilava
Pessoas
Só algumas
Que nada valem
Eliminava a solidão
E os dias
De escuridão
O frio acabava
O calor atenuava
Na noite
Cada estrela
Brilhava
E a lua cheia
Sempre bela
O céu iluminava
Se eu pudesse
Nenhuma criança
Teria sofrimento
Por dor
Mau trato
Ou sentimento
A tudo dizia não:
Fome, guerra
Homofobia
Pedófilos, racismo
Xenofobia
Pois
Eu sei
Isto é tudo utopia
Enfim
Se eu pudesse
Talvez
Nem eu mesmo
Existia

Fatima Ribeiro
Fotografia Google

 

20
Jun22

...

Fatima Ribeiro

Meu porto de abrigo
Teu olhar
Que me dá abraço
Que me tira
Da só
Solidão
Que a dor leva
Faz ancorar
Passa
Faz passar
Que mesmo longe
Me, faz sentir
Do mar
O enredo
Do suave ondear
Sem medo
De me afogar
E olha
Nem sei nadar
Olhar
Que no sonho
Me faz levitar
Meu porto de abrigo
Mais uma
Só mais uma vez
Olha para mim
Não crês?
Quero que queiras
Quero que fiques assim

Fatima Ribeiro

IMG_20220620_220332.jpg

20
Jun22

...

Fatima Ribeiro

Como árvore
Quero morrer de pé
Com meus frutos
Amadurecidos
De boa colheita
Colhidos
Com sementes
Já pegadas
Plantadas
Com ar de tentação
Doces
De doce sedução
Como árvore
Quero morrer de pé
Ter uma vida
Sem ser em vão
Resiliente
Em dias de frio
Ou estio
De sol quente
Dar de amor sombra
A quem a falta lhe sente
Sem elos
Ou correntes
Na liberdade
De ser quem sou
Somos
Na verdade
Quando morrer
Quero como árvore
No lume arder
E nas cinzas
De mim
Espalhadas

Dizer
Assim
Lembra que eras pó
E pó
Voltaste a ser

Fatima Ribeiro
Fotografia Google

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